quarta-feira, 29 de junho de 2011

Filme Nº18: Esposas Levianas (1922)

Esposas Levianas (1922)
Foolish Wives
Erich von Stroheim

Este filme "Foolish Wives" deveria chamar-se antes "Foolish Women", pois o personagem principal e também ele o vilão, o Conde Karamzin (Erich von Stroheim) engana, não só uma esposa, como qualquer mulher que se lhe atravesse no caminho.
Este vilão e as suas "primas" não olham a meios para conseguir os seus objectivos: ganhar dinheiro.
Adorámos a ousadia de Stroheim ao pôr "publicidade" ao seu filme, dentro do próprio filme, quando vemos o título do livro que Mrs. Hughes (Miss DuPont) está a ler.
Nada mais, nada menos que... "Foolish Wives" de Erich von Stroheim - genial!!!!
É um filme bastante interessante que também aconselhamos a ver.

Filme Nº17: A Lei da Hospitalidade (1923)

A Lei da Hospitalidade (1923)
Our Hospitality
John G. Blystone e Buster Keaton

Para acabar bem a noite de ontem, um filme de comédia com o famoso Buster Keaton.
Cenas hilariantes e com o timing sempre certo.
Conta-nos a história de duas familias em guerra, só porque sim, não se sabendo ao certo o porquê, nem como terá começado (nem eles o sabem), só o vão fazendo porque os seus antepassados o faziam.
Até que McKay (Buster Keaton) se apaixona pela filha do inimigo e vice-versa.
Um verdadeiro jogo do rato e do gato, pois enquanto McKay se encontrar dentro da casa deles, nada lhe pode acontecer (é a lei da hospitalidade), mas mal meta o pé fora da porta, McKay pode ser, imediatamente, morto.
Um filme bastante divertido e que não precisa de utilizar cenas fáceis para piadas, também elas, fáceis.

Filme Nº16: Häxan (1923)

Häxan (1923)
Häxan
Benjamin Christensen

Mais um documentário, desta vez sobre bruxaria, mais propriamente, a História da bruxaria (mitos, Idade Média e a famosa Inquisição).
Christensen tinha um acutilante sentido de humor e tentou mostrar o histerismo em volta deste tema, mostrando imagens actuais (naquele tempo e apesar de tudo ainda está actual) e assim mostrando possiveis desordens comportamentais (doenças) que naquela época não eram explicáveis, logo eram considerados actos de bruxaria.
Tudo é brilhante neste filme, não há nada negativo a apontar.
Os cenários são simplesmente "brutais", as explicações são dadas muito detalhadamente, os actores também eles fizeram bem os seus papéis.
É impossivel ficar indiferente a este filme-documentário e para quem ainda não o tenha visto, é essencial que o veja.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Filme Nº15: Nosferatu, o Vampiro (1922)

Nosferatu, o Vampiro (1922)
Nosferatu, Ein Symphonie Des Grauens
F.W. Murnau

Talvez o primeiro filme sobre vampiros. Este "Nosferatu" é baseado no livro "Drácula" de Bram Stoker e é sem dúvida, um dos nossos filmes preferidos sobre este tema, apesar de ser tão antigo (preto e branco e mudo) e ainda assim é verdadeiramente cativante.
Excelente banda sonora - todas as cenas excelentemente bem acompanhadas por música clássica.
Cenas maravilhosas, sombras assustadoras e imagens marcantes. Todo o filme larga suspense "pelos poros".
Os actores são todos convincentes, mas sem dúvida que Max Schreck (Nosferatu) é aterrorizadoramente brilhante.
Um filme que tem mesmo de ser visto.

Filme Nº14: Nanuk, o Esquimó (1922)

Nanuk, o Esquimó (1922)
Nanook of the North
Robert J. Flaherty

O primeiro documentário desta lista de filmes, que conta a vida de Nanuk e sua familia - todas as peripécias do dia-a-dia desta familia.
De certa forma, mostra-nos a vida quotidiana dos esquimós, constantemente, a ser posta á prova com vários desafios perigosos.
Nanuk e a sua familia morreram pouco tempo depois do final das filmagens, devido ás adversidades que se lhes depararam, o que de certa forma, deu mais relevância ao final do filme.
Um documentário muito bom, tirando as partes da morte dos animais - sendo esta a opinião do elemento feminino desta dupla de cinéfilos.
Com este documentário, a ver seriamente, vemos quão dura a vida pode ser.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Filme Nº13: O Doutor Mabuse (1922)

O Doutor Mabuse (1922)
Dr. Mabuse, Der Spieler
Fritz Lang

Este filme dividido em duas partes foi visto em 3 dias, devido ao cansaço que nós tinhamos os dois nestes dias que passaram. Por mais espectacular que o filme fosse, o cansaço venceu-nos sempre.
Dr. Mabuse, um verdadeiro camaleão, pois assume várias identidades e é o responsável por vários esquemas para obter dinheiro - tudo isto é passado na alta sociedade - e é também um verdadeiro controlador da mente.
Como nem sempre temos de ter a mesma opinião - neste caso especifico, sobre elegermos a cena mais marcante - acabamos por destacar as duas cenas que nos marcaram...
(Pedro): o Dr. Mabuse a controlar a mente do Conde para que este fizesse batota e assim arruinando a sua vida;
(Gema): a subita queda e posterior subida na Bolsa - tudo obra do vilão Dr. Mabuse - cena frenética e espectacular.
Achamos o filme algo confuso inicialmente, mas o seu desenvolvimento mostrou-se extremamente interessante - toda a 2ª parte é muito boa.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Filme Nº12: A Sorridente Madame Beudet (1922)

A Sorridente Madame Beudet (1922)
La Souriante Madame Beudet
Germaine Dulac
 
Este filme é, digamos, uma daqueles meio estranhos, mas ao mesmo tempo interessante. 
A Madame Beudet é uma senhora descontente com a sua vida e principalmente com o seu marido - pura e simplesmente odeia-o.
Mas Madame Beudet vive no seu mundo cor-de-rosa e muitos dos seus sonhos vê o seu marido a ser morto (para sua felicidade).
Até que decide, ela própria, tentar matá-lo - ao que se arrepende de imediato - e acaba ela por estar em perigo e no fim o marido nem sequer percebe a tentativa frustrada da sua mulher em matá-lo.
O fim é digamos estranho, para dizermos a verdade, nenhum dos dois percebeu-o muito bem.
O que gostámos mais foram as cenas bem feitas de sobreposição da imagem (nos sonhos dela).

Filme Nº 11: As Duas Orfãs (1921)

As Duas Orfãs (1921)
Orphans of the Storm
D.W. Griffith
 
Mais um filme de D.W. Griffith, que nos deixa extremamente contentes, pois estamos a gostar cada vez mais dos seus filmes e parece-nos que os tempos de fazer filmes com finais infelizes e/ou trágicos já lá vão. 
Este filme em concreto, passa-se na época da Revolução Francesa. Duas orfãs, acabam separadas pela obra do destino e assim vão passar por uma série de provações até ao final e mesmo quando, finalmente, se encontram, ainda assim têm poucos segundos para se despedirem, pois Henriette (interpretado pela belissima Lillian Gish), vai para a guilhotina.
É um filme cheio de suspense até ao fim, sendo que o final chega a ser enervante, pois queremos saber se vão ser salvos a tempo da morte certa e afiada.
Mais uma vez, bons actores, excelentes cenas e cenários e a banda sonora também é boa.
Sem dúvida, que mais uma vez recomendamos este filme de Griffith (que mais uma vez nos surpreendeu).

Filme Nº 10: O Carro Fantasma (1921)

O Carro Fantasma (1921)
Körkarlen
Victor Sjöström
  
Começamos por este "O Carro Fantasma". Um filme sueco bastante estranho, mas ainda assim bem interessante.
É um filme que inspirou outros realizadores - Kubrick só pode ter-se inspirado na cena "Here's Johnny!" para o filme "Shining" através do visionamento deste filme.
De certa forma também nos faz lembrar um pouco "A Christmas Carol" de Charles Dickens, pois o personagem enquanto morto vê tudo o que fez de mal e o resultado dessas acções, para no fim poder se arrepender.
Ponto negativo: para a banda sonora bastante estranha e irritante.
Ponto positivo: vai para os flashbacks bem conseguidos e os flashbacks dentro de flashbacks - sem nunca deixar o espectador perdido na história (algo que acontece frequentemente quando se utiliza este tipo de situações nos filmes).
É um filme sem dúvida a ver.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filme Nº 9: Dentro dos Nossos Portões (1920)

Dentro dos Nossos Portões (1920)
Within Our Gates
Oscar Micheaux

Este filme de Oscar Micheaux, foi talvez o primeiro feito por um realizador afro-americano e fala sobre os negros na América - através de uma história.
Talvez o primeiro filme que nós achámos muito parado ( talvez não tivesse tido muitos apoios financeiros pelas razões óbvias).
Os actores provavelmente amadores (se não eram, pareciam), a história não conseguiu mesmo nada cativar-nos.
 O único ponto positivo, seja talvez, vermos a história dos negros na América, vista através dos olhos de um negro e não de um branco (como habitualmente se fazia).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Filme Nº 8: As Duas Tormentas (1920)

As Duas Tormentas (1920)
Way Down East
D.W. Griffith

Nossos fieis seguidores... uma noticia de última hora: o desafio tornou-se agora AINDA mais complicado, pois o Pedro arranjou emprego (finalmente), por isso o tempo torna-se mais escasso mas... o desafio mantem-se.
Tanto assim é, que vamos "falar" do próximo filme... mais um de Griffith, mas surpreendentemente, com um final feliz (até que enfim!!!).
"As Duas Tormentas" conta-nos a história de uma jovem que foi enganada por um "sacana sem escrupulos" que para a levar para a cama finge que se casa com ela.
Depois de a "utilizar", digamos, "que a deita fora", ela engravida, o bébé morre - por esta altura, já pensávamos que Griffith iria criar um final triste, triste, triste... mas enganámo-nos.
Ela conhece um jovem e o resto... vejam vocês.
Este foi sem dúvida um filme que gostámos (não só pelo final feliz, claro), mas porque Griffth fazia filmes mesmo muito bons (este não foi excepção).  
Mais um que, definitivamente, aconselhamos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Filme Nº7: O Lírio Quebrado (1919)

O Lírio Quebrado (1919)
Broken Blossoms
D.W. Griffith

Mais um filme de D.W. Griffith e não fosse o fim, o filme seria excelente.
Mas vamos por partes. Talvez o primeiro filme a abordar a questão de um casal de raça diferente que se apaixona (o racismo está sempre implicito nos filmes deste realizador).
Boas cenas e os surpreendentes "close-ups" dos rostos dos personagens.
Uma história de amor belissima, mas que desde o incio é notório que não vai acabar bem.
Final trágico, como Griffith já nos habituou (não sabemos o que teria ele contra finais felizes). Mas no geral é um bom filme, pena mesmo o final.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Filme Nº6: O Gabinete do Dr. Caligari (1919)

O Gabinete do Dr. Caligari (1919)
Das Kabinett Des Doktor Caligari
Robert Wiene

Após uma pausa forçada, eis que estamos de volta e desta vez com o 6º filme da lista: "O Gabinete do Dr. Caligari".
Um filme fantástico com cenários irreais e espantosos. De facto, o que nos impressionou mais foram os cenários - grandiosos e fora do comum.
A história é bastante interessante, sobre o Dr. Caligari, mestre em hipnose e Cesare (o homem hipnotizado) que mata a mando do louco Caligari.
O fim, deixa-nos na dúvida se a história foi inventada pelo herói Francis ou foi mesmo real (e sendo assim, o final é dramático).
Continuamos surpreendidos com o brilhantismo do primórdio dos filmes.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma pequena pausa forçada

Olá fiés seguidores desde blog, malucos, doidos, tarados por filmes, quem vos fala/escreve é o pedro, para vos dizer que o desafio se vai tornar ainda mais interessante, como sou da bela região da Bairrada, e como vai haver eleiçoes para eleger mais um( ou o mesmo, e espero que não) palhaço, aqui o je vai meter a cruz num partido que não o ps e o psd, politiqueces à parte, vou lá ficar 5 dias e portanto, nesse espaço de tempo, não há filmes para ninguém, e quando chegar e numa próxima folga da Gema vimos os 5 que faltam.
Beijos e abraços cinéfilos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Filme Nº5: Intolerância (1916)

Intolerância (1916)
Intolerance
D.W. Griffith

Mais um filme de Griffith nesta lista.
Demorámos dois dias a vê-lo, devido á falta de tempo (aí é que tem estado o nosso verdadeiro desafio).
E mais uma vez, um filme muitissimo bom. Desta vez não pôs em causa qualquer questão racial, mas os "desafios" do Amor através dos tempos - quatro épocas distintas/ quatro histórias.
Estas quatro histórias são "contadas" alternadamente e sempre divididas pela imagem de uma mulher a embalar um berço.
Temos a história de Jesus e os acontecimentos mais importantes na vida deste.
Depois temos a história da Babilónia com o seu Rei Belshazzar a ser traído apesar da "Rapariga da Montanha" o ter avisado.
Temos também a história do massacre aos protestantes franceses no dia de S. Bartolomeu e como a "Rapariga de Olhos Castanhos" é cobiçada - e por isso assassinada.
Por fim temos a história dos "tempos modernos" (temos que pensar que o filme é de 1916), com um casal em que tudo corre mal, por vários equivocos, que leva a um julgamento e posterior sentença de morte. Até ao último minuto ficamos sem respiração, para ver se o Governador chega a tempo de evitar uma injustiça.
Pensávamos mesmo que o filme iria acabar todo mal.
Será que acertámos? Será que o Governador evitou uma morte tão injusta?
Para saberem a resposta vejam mesmo o filme.