quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Filme Nº46: A Boceta de Pandora (1929)

A Boceta de Pandora (1929)
Die Büchse Der Pandora
Georg Wilhelm Pabst 

Lulu é uma prostituta muito pretendida e consegue casar-se com um burguês que sabe que será o seu fim ao dar esse passo com ela. Lulu é encantadora e todos os homens caem a seus pés (até a própria amiga lésbica), mas Lulu por onde passa traz a desgraça, terminando ela também com um final muito triste (é morta pelo famoso Jack, o Estripador).
De dizer que achámos a actriz principal, um espectáculo - conseguia sem entrar no exagero (próprio nos filmes mudos) transmitir todos os sentimentos.
Mas o filme não nos convenceu e foi algo exagerado e temos dois pontos negativos a apontar:

- a incongruência no poster de aviso por causa de Jack andar á solta estar escrito em alemão, quando era suposto estarmos em Londres - onde se escreve em inglês (duh!)

- o final com Jack e Lulu é, simplesmente, absurdo fazendo com que o mesmo não seja de todo credivel.

Um filme interessante, mas que só aconselhamos a quem tenha a curiosidade suficiente para o ver.

1 comentário:

  1. Trata-se dum filme mudo sobre a história trágica de Lulu, uma dançarina hedonista que se casa com o abastado dono de um jornal e que, durante uma discussão, o mata por acidente. De seguida, ela envolve-se com o filho da vítima e os dois fogem, mas as vicissitudes da vida e a ganância dos homens acaba por trazer um fim trágico a esta "femme fatale" que, qual "caixa de pandora", liberta os males do mundo e traz a infelicidade a todos à sua volta.
    Poucas mulheres no cinema foram tão sensuais e eróticas como Louise Brooks. Neste filme, não conseguimos tirar os olhos dela. Todos os seus poros transpiram erotismo. A sua personagem é puro desejo.
    Dada a carga sexual, o filme teve problemas com a censura e acusações de imoralidade.
    O realizador G.W. Pabst, distancia-se aqui do expressionismo puro e duro, fazendo uma obra com um certo dramatismo realista. O cineasta não só mantém a ambiguidade no comportamento de Lulu como também reforça a ambivalência das figuras masculinas, que se colocam como vítimas dos poderes e caprichos da fêmea.
    Em conclusão, embora o filme seja interessante, o que sobressai de forma perene é Louise Brooks, um objecto maior do erotismo e da sensualidade no cinema.

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