sábado, 27 de agosto de 2011

Filme Nº45: O Homem da Câmara de Filmar (1929)

O Homem da Câmara de Filmar (1929)
Chelovek S Kinoapparatom
Dziga Vertov 

Um filme documentário ao estilo dos irmãos Lumiére, mas em versão muito melhor.
As imagens de um dia na vida de uma cidade (russa), mas na realidade, poderia ser a de uma cidade qualquer.
As experiências com a câmara, os vários planos e muitas outras coisas são mostradas neste filme.
Para se obter a imagem perfeita o operador de câmara corre riscos graves e por vezes estúpidos.
Vimos a versão do filme com a banda sonora ao cargo da Cinematic Orchestra e está, simplesmente, genial.
Confessamos que não estávamos nada á espera desta pérola muito bem escondida, mas este filme-documentário é um dos melhores que já vimos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Filme Nº44: Chantagem (1929)

Chantagem (1929)
Blackmail
Alfred Hitchcock
 
O primeiro filme sonoro britânico, tinha que ser do genial mestre do suspense, Alfred Hitchcock.
De referir, que o elemento feminino desta dupla é uma fã deste realizador e que reviu este filme com muito agrado, enquanto que o membro masculino viu-o pela primeira vez.
Adorámos as "brincadeiras" que ele faz com a câmara, com as sombras e com o próprio som - magnifico.
A história é sobre Alice (Anny Ondra) que namora com um policia da Scotland Yard, mas ao sair com um artista, arrepende-se, imediatamente, quando este a tenta violar. Ela então mata-o e foge.
O namorado descobre, mas encobre o caso, até que um estranho oportunista que sabe a verdade, decide chantageá-los.
Um filme bastante bom e que obviamente aconselhamos (Hitchcock é sempre Hitchcock).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Filme Nº43: Tempestade na Ásia (1928)

Tempestade na Ásia (1928)
Potomok Chingis-Khana
Vsevolod Pudovkin 

Um filme que nos gera alguma indecisão (se gostámos ou não).
Conta-nos a história de um mongol - desde a luta para ficar com a pele rara de uma raposa, até á sua ajuda no combate onde aprende a palavra "MOSCOVO" e é detido (por ter dito essa mesma palavra) e sentenciado de morte e posterior descoberta que é um descendente de Gengis Khan (o que vai alterar toda a sua vida) - isto é um brevissimo resumo do filme para que se conste.
Adorámos algumas cenas - a da luta final foi um delas que está espectacular.
Também um dos grandes pontos positivos é, sem dúvida, a banda sonora.
De certa forma é um bom filme, mas no inicio é algo confuso e maçudo (o único ponto negativo, na realidade).

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Filme Nº42: Marinheiro de Água Doce (1928)

Marinheiro de Água Doce (1928)
Steamboat Bill, Jr.
Charles Reisner e Buster Keaton 

Mais um filme do grande cómico Buster Keaton, que conta desta vez a história de dois pais rivais (o seu pai contra King, o pai da sua amada).
Tudo muda no dia em que a cidade é, subitamente, assolada por um tufão.
Mais uma vez, um grande filme de e com Buster Keaton, com o seu humor fisico excelente e de destacar todas as cenas do tufão - onde o filme brilha como nunca.
Não há muito mais a dizer, só que aconselhamos a ver o filme, porque vale mesmo a pena.

Filme Nº41: A Paixão de Joana D'Arc (1928)

A Paixão de Joana D'Arc (1928)
La Passion de Jeanne D´Arc
Carl Theodore Dreyer
 
O primeiro filme que vimos que é mesmo á letra - mudo.
Devido a todos os precalços que aconteceram ao mesmo, o filme não tem banda sonora.
Ainda assim, o filme que nos conta a história do "julgamento" e condenação da figura histórica francesa, Joana D'Arc, é simplesmente soberbo.
A actriz desempenha na perfeição o seu papel da heroína francesa (embora por vezes algo exagerada na sua expressão).
Alguns planos estão muito bem feitos, dando a sensação de estarmos lá.
Foi um filme que gostámos e aconselhamos a ver.

Filme Nº40: Um Cão Andaluz (1928)

Um Cão Andaluz (1928)
Un Chien Andalou
Luis Buñuel 

Aproveitando ser tão curto, vimos esta "estranha" curta de Buñuel, logo a seguir a "Docas de Nova Iorque".
Todo o filme é surreal e sem dúvida que a maioria das imagens que passam nele ficam bem gravadas na nossa memória - nada melhor que começar o filme com um olho a ser cortado por uma lâmina bem afiada (este é só um dos exemplos e o mais famoso do filme).
Até a banda sonora é estranha.
Mas no meio de tanta estranheza, o mais estranho foi termos gostado - primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Não é de admirar que Buñuel tenha tido uma mãozinha de Dali neste filme (são notórias, as excentricidades á moda de Dali).
P.S. - Não o vejam com comida no estômago!

Filme Nº39: Docas de Nova Iorque (1928)

Docas de Nova Iorque (1928)
The Docks of New York
Josef von Sternberg 

"Docas de Nova Iorque" é um filme "frio" - as emoções frias dos protagonistas são bem realçadas.
Ele bruto e insensivel e que só pensa no imediato e no que deseja. Ela frágil e não sabe o que quer e "saltam" os dois para um  casamento (aparentemente) sem nexo (só porque sim).
O filme tem um ritmo acelerado, não tendo portanto momentos mais parados, o que fez com que se visse o filme muito rapidamente (nem demos pelo tempo a passar) e de certa forma o filme até é bastante agradável de se ver (o que ajuda bastante).
O final do filme é talvez o maior ponto fraco do mesmo, parecendo que foi feito á pressa e na realidade, não teve muita lógica. Mas ainda assim é um filme que aconselhamos a ver.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Filme Nº38: A Multidão (1928)

A Multidão (1928)
The Crowd
King Vidor
 
O segundo filme de King Vidor desta lista.
Desta vez, conta-nos a história de um homem comum (mas que sempre pensou que iria ser alguém) no meio de uma multidão em Nova Iorque, também ela cheia de gente comum.
John e Mary apaixonam-se, casam-se e têm dois filhos, mas depois de uma tragédia em sua casa, tudo muda drasticamente.
Mas para nossa alegria, o filme não terminou mal (como pensávamos).
É um filme normal, não tem nada de excepcional, só um ponto de referir - mete muitas questões na nossa cabeça, sobre o que é ser-se especial numa multidão onde cada individuo luta por si mesmo.

Filme Nº37: Levado da Breca (1927)

Levado da Breca (1927)
The Kid Brother
J.A. Howe e Ted Wilde 

O terceiro comediante mudo, (a par com Buster Keaton e Charlie Chaplin) é Harold Lloyd.
Neste filme faz de um 3º irmão (o mais frágil), não parecendo sequer da familia e daí ser constatemente posto de parte.
Depois de roubarem o dinheiro e a reputação do seu pai, (que é o xerife da cidade), ser manchada, o Hickory mais novo, vai surpreender tudo e todos e provar que não é só de músculos que a Lei se faz.
Humor bem feito, cheio de cenas acrobáticas e humor fisico está muito bem entregue a Lloyd.
Um filme a não perder.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Filme Nº36: Napoleão (1927)

Napoleão (1927)
Napoléon
Abel Gance
 
A primeira biopic e um épico, que nos conta a história de Napoleão (desde a sua infância até ao seu apogeu).
Mais um filme de Abel Gance (que por acaso até aparece no filme) e que supera largamente o outro da lista "A Roda".
Percebe-se que Gance experimentou muitas técnicas inovadoras e por sinal, muito bem conseguidas - o filme foi realizado com uma mestria genial.
Aconselhamo-vos vivamente este filme, mas vejam-no em duas partes (vimo-lo seguido e já estávamos sem posição para estar, apesar dele ter sido tão bom).

Filme Nº35: O Cantor de Jazz (1927)

O Cantor de Jazz (1927)
The Jazz Singer
Alan Crosland 

O primeiro filme semi-sonoro, o que foi até bastante interessante ver as introduções sonoras no filme.
Este filme conta-nos a história de Jakie que fugiu da sua casa devido ao seu pai tirano que o quer obrigar a ser Cantor na sua sinagoga - enquanto que ele quer ser um cantor de jazz.
Passados muitos anos, ele consegue o seu objectivo e tenta fazer as pazes com o seu pai que continua irredutivel, até ao momento que fica gravemente doente e Jakie vai ter que escolher entre o espectáculo (tudo o que por sempre lutou) e o chamamento da sua religião.
Um filme bastante bom  e que gostámos muito de ver - finalmente esperamos ter passado a fase dos filmes secantes.

sábado, 13 de agosto de 2011

Filme Nº34: Outubro (1927)

Outubro (1927)
Oktyabr
Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein
 
Parece que estamos na fase dos filmes um pouco mais aborrecidos. "Outubro" não foi excepção.
Parece um filme sem nexo a imitar um documentário sobre a Revolução Russa.
Não nos conseguiu cativar, achamos tudo muito estranho e algo confuso, mas acima de tudo isso o filme foi mesmo secante.
O único ponto positivo foi a cena da estátua a ser destruida (está muito bem feita).
Esperamos que os próximos filmes nos cativem mais e que esta (má) fase tenha terminado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Filme Nº33: O Homem Sem Braços (1927)

O Homem Sem Braços (1927)
The Unknown
Tod Browning
 
O que dizer sobre este filme? Nem nós sabemos ao certo o que dizer, para sermos sinceros.
O filme em si tinha potencial (a sua história), mas o filme não nos conseguiu convencer.
Conta-nos a história de um bandido que se esconde num circo fingindo não ter braços e no meio de muita confusão (com um assassinato pelo meio) ele decide cortar os seus braços (por amor). 
Lon Chaney é sem dúvida, um actor muitissimo bom e a fazer de vilão é um mestre.
Mas o filme por si só, não vale mesmo a pena ser visto (pelo menos é o que pensamos).
Uma nota positiva: o filme não chega a ter uma hora de duração (para nossa felicidade) - perdoem-nos os fãs do mesmo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Filme Nº32: A Glória de Pamplinas (1927)

A Glória de Pamplinas (1927)
The General
Clyde Bruckman e Buster Keaton
 
Como sempre, mais uma brilhante comédia, de e com Buster Keaton.
Baseado numa história veridica sobre a Guerra Civil Americana, este filme fala-nos de um maquinista sulista que tem duas paixões: a sua locomotiva "General" e Annabelle.
Quando se vê sem as duas (soldados do Norte roubam o comboio com Annabelle lá dentro), decide ir atrás dos mesmos e acaba por se tornar num verdadeiro herói.
Como sempre, Keaton "presenteia-nos" com um filme excelente, cheio de peripécias, acrobacias e com cenas (aparentemente) simples que nos fazem rir - a comédia fisica de Keaton é qualquer coisa de espectacular.
Um filme, sem dúvida a não perder.

Filme Nº31: Aurora (1927)

Aurora (1927)
Sunrise: A Song of Two Humans
F.W. Murnau 

O terceiro filme de F.W. Murnau, que nos conta a história de um  trio amoroso - e como todos sabemos numa relação, um é pouco, três já são demais - e é o que acontece neste filme.
O protagonista e a amante deste concebem um plano, para que este mate a sua esposa inocente, mas quando ele decide cometer esse acto ela apercebe-se e a ele dá-lhe um golpe de consciência (como se saído de um transe) e conclui que ainda a ama.
Os dois fazem as pazes e quando, tudo parecia bem, eis que ela (numa tempestade) afoga-se (aparentemente) e ele decide tentar matar a amante, num acto desesperado - pois para ele, a amante foi toda a causadora destes incidentes.
Não dizemos mais, porque achamos que o filme vale a pena ser visto.
É uma delicia romântica, com toques de drama e alguns requintes de malvadez, mas sem dúvida, que Murnau esteve muito bem.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Filme Nº30: Metrópolis (1927)

Metrópolis (1927)
Metropolis
Fritz Lang
 
Quanto a este filme, de dizer que a Gema foi revê-lo e o Pedro viu-o pela primeira vez e ficou de boca aberta. 
Um filme futurista que relata a (má) relação entre patrão e trabalhadores (explorados), mas vai mais além, trata da importância de um mediador entre os mesmos - entre mãos e cabeça, o coração deve mediar os dois - aliás é com esta frase que o filme termina.
Cenários magnificos, história muito boa, os actores estão soberbos, principalmente, Maria - duas: uma é real e a outra uma máquina (Homem-Máquina) e a actriz consegue com o seu corpo distingui-las.
Sem dúvida que este filme é espectacular, porque muitos se inspiraram nele, como por exemplo, George Lucas inspirou-se no Homem-Máquina para construir C-3PO e os Queen inspiraram-se neste filme para o seu videoclip "Radio Ga Ga" (tendo inclusivé, no fim do video, agradecido ao filme pela inspiração).
Nada mais a dizer, senão que é excelente.

Filme Nº29: A Grande Parada (1925)

A Grande Parada (1925)
The Big Parade
King Vidor
 
O primeiro filme desta lista do realizador King Vidor. 
Um filme com uma mistura de comédia e drama e que nos conta a história de um jovem rico que se alista na 1ª Grande Guerra e vai para França lutar. Acaba por se apaixonar por uma francesa e a guerra acaba por os separar.
As cenas de comédia quando o herói e os seus dois colegas bem alegres estão alojados em Champillon, são extremamente divertidas.
Depois temos a vertente dramática, pois de uma guerra se trata (o que por vezes nos esquecemos no inicio do filme, por ter cenas tão engraçadas), quando eles, efectivamente, vão para a Frente de Batalha e ele perde os seus amigos e a sua perna.
A verdadeira parada que dá nome ao filme é a de uma coluna militar que desfila rumo á guerra.
Um filme deveras interessante, muito bem feito, com uma história muito boa e com actores bastante crediveis. Sem dúvida um filme que aconselhamos a ver.