domingo, 15 de janeiro de 2012

Filme Nº105: Canção da Meia-Noite (1937)

Canção da Meia-Noite (1937)
Ye Ban Ge Sheng
Ma-Xu Weibang

O nosso primeiro filme made in China é este “Canção da Meia-Noite” de Ma-Xu Weibang, uma versão do famoso “Fantasma da Ópera” de Gaston Leroux, mas em chinês e o que pensávamos ser detestável, revelou-se ser afinal um bom filme.
A história é praticamente a mesma do livro, mas com algumas diferenças – aqui o fantasma não se apaixona por nenhuma cantora, mas está apaixonado pela filha do tirano que o maltratou e decide pedir ajuda ao cantor de ópera recém-chegado áquela ópera em ruínas para que consiga chegar á sua amada e poder assim tranquilizá-la pela sua suposta morte. Todas as noites em 10 anos, ele á meia-noite canta uma canção e ela ouve-a, mas assim com o recém-chegado poderá ir mais longe. Mas as coisas mudam quando um seu antigo rival (o que o desfigurou) mete-se no meio.
É considerado um filme de terror e musical ao mesmo tempo, mas por estranho que pareça não chega a ser um musical, nem um filme de terror e talvez até seja um filme que de certa forma nem todos consigam acompanhar.
A nível musical, temos as famosas canções de ópera, mas também é muito agradável terem incluído duas obras muito conhecidas. Uma de Modest Mussorgsky - “Night on Bald Mountain” - e a outra de Franz Schubert – “Ave Maria”.
Também queremos apontar que para 1937 a cara desfigurada do nosso fantasma da ópera em versão chinesa está qualquer coisa de extraordinária.
As interpretações dos actores também são de salientar e esta versão foi muito credível. Vejam caros leitores e seguidores que não se vão arrepender!

1 comentário:

  1. Trata-se da versão chinesa do FANTASMA DA ÓPERA.
    O jovem cineasta chinês Weibang Ma-Xu ficou fascinado com a performance de Lon Chaney na versão de Rupert Julian da obra de Gaston Leroux e concebeu uma versão muito pessoal chamada SONG AT MIDNIGHT.
    As principais variações sobre o original estão na escolha dum discípulo homem que toma o lugar do cantor desfigurado no coração da amada e na introdução de temas revolucionários (a luta dos jovens nacionalistas contra os senhores da guerra), muito actuais na China da altura.
    O estilo é claramente inspirado nos filmes de terror da Universal, realizados na década de 30. Com alguns laivos de expressionismo, Weibang Ma-Xu cria uma atmosfera sombria de mistério e magia que define o tom desta história de horror e romance.

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