domingo, 2 de outubro de 2011

Filme Nº59: Matou (1931)

Matou (1931)
M
Fritz Lang 

Revimos este filme que poderia ter sido realizado pelo mestre do suspense, Alfred Hitchcock - se bem que Lang se inspirou nas obras do realizador britânico para fazer esta obra.
Suspense até mais não, esta é a história do assassino (e molestador) de crianças, Franz Becker (um espectacular Peter Lorre) e a sua captura e posterior "julgamento" feito por populares.
Um filme brilhante que sem mostrar as cenas violentas (que os filmes modernos tem ás carradas) conseguimos perceber, perfeitamente, o destino trágico das crianças (o balão preso nos fios eléctricos é só um dos exemplos).
A música assobiada pelo assassino, a famosa e arrepiante "Peer Gynt" de Grieg, que nos fica assustadoramente, gravada na memória, associando-a de imediato aos ataques do assassino.
Tudo no filme é perfeito e talvez o melhor filme que Lang realizou. Imperdivel!

1 comentário:

  1. Este é o primeiro dos thrillers psicológicos e o filme base para todos os vindouros sobre serial killers.
    Uma cidade alemã vive sob a ameaça de um assassino de crianças. O medo paira sobre todos, sejam as mães que temem pela segurança dos seus filhos, os polícias perdidos no meio de uma imensidade de dados inconclusivos ou mesmo os bandidos que graças ao assassino vêm o seu "negócio" minado pelos constantes raids policiais.
    O realizador Fritz Lang é notável no modo como aborda o tema, mostrando o frenesim das investigações policiais, a exploração jornalística, os oportunismos políticos e a preocupação do submundo.
    No final, no julgamento efectuado pelo povo, controlado pelos senhores do crime, o assassino, numa notável composição de Peter Lorre, defende-se dizendo não ter escolha, tendo uma pulsão imparável para matar.
    Temos assim, uma desorientadora reflexão social. Enquanto o povo deseja que a justiça seja feita de forma implacável, a lei, na sua eterna procura da equidade, acaba por ser insuficiente na forma como é administrada.
    9/10

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